A Câmara Municipal de Campinas deve analisar, ainda neste segundo semestre, a minuta do PIDS, o Polo de Inovação para o Desenvolvimento Sustentável da cidade.
O documento foi publicado no Diário Oficial do Município no último dia 27 de julho, e prevê a mudança no zoneamento na área do antigo Ciatec Dois, o polo de alta tecnologia em Barão Geraldo, para acolher o novo projeto.
A versão final do documento incorporou uma série de sugestões produzidas ao longo de 12 oficinas, entre março e maio deste ano.
Segundo a Prefeitura, o objetivo do projeto é dar continuidade às mudanças estabelecidas pelo novo Plano Diretor, aprovado em 2018.
A última rodada de discussões aconteceu no último sábado, 26, no Centro de Convenções da Unicamp e reuniu cerca de 250 pessoas.
Advogada integrante do grupo de defesa dos interesses dos moradores de Barão Geraldo, Ernestina Oliveira avalia que a reunião não atendeu às expectativas.
A advogada também aponta possíveis equívocos na interpretação das leis ambientais e de zoneamento em Barão Geraldo.
Um dos pontos questionados pelo movimento contrário ao PIDS é o da área reservada para a construção do novo laboratório de biossegurança máxima ORION.
Para o professor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Wagner Romão, o texto do projeto favorece a especulação imobiliária no distrito.
O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, Marcelo Coluccini, nega que o PIDS esteja a favor da especulação, e afirma que há um mal entendido.
Coluccini diz que o PIDS é mais restritivo do que a lei atual, anterior à alteração do novo plano diretor.
Em entrevista concedida ao jornal Correio Popular em junho, a então secretária de Planejamento e Urbanismo, Carolina Baracat Lazinho, afirmou que a expectativa é de que o projeto seja enviado para a Câmara em outubro, mas que a votação aconteça apenas em 2024.
Fotografia: Divulgação / PMC
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