Moradores da região do Jardim Campo Belo, em Campinas, relatam que as obras de duplicação e de alteamento da Rodovia Miguel Melhado Campos, continuam a gerar diversos transtornos para as famílias que moram no local.

Os serviços, iniciados em setembro do ano passado, com a promessa de melhorar a interligação entre Vinhedo, o Aeroporto de Viracopos, em Campinas, e condomínios nas imediações, avançam de forma agressiva sobre casas localizadas no Jardim Campo Belo e em outros bairros da região, como o Jardim Marisa e o Jardim Cidade Singer.

Casas e comércios instalados há várias décadas às margens da estrada, enfrentam o barulho e a sujeira causadas pelos trabalhos de fresagem e recapeamento da pista.

Mais recentemente, a construção de muros que integram o trabalho de alteamento da rodovia, também aumentaram o temor de isolamento dos bairros da região, como conta o motoboy Gilberto Oliveira, morador do Jardim Marisa.

Oliveira também denuncia que o isolamento dos moradores tende a agravar o problema crônico da falta de serviços públicos na região.

Outro ponto questionado pelos moradores é a indefinição do espaço usado para alargar a rodovia, e o compromisso de assumir contrapartidas.

O autônomo José Aparecido Santos reclama que, apesar do avanço das obras, os moradores não foram procurados para um processo de desapropriação.

A pauta mobiliza parlamentares da Câmara Municipal. A vereadora Guida Calixto (PT), critica a forma como moradores que já residem na região há décadas, estão sendo pressionados pela especulação imobiliária a sair.

No último dia 10, o DER, Departamento de Estradas de Rodagem, apresentou um plano com modificações no projeto, mas os dados ainda passam por análise dos advogados e engenheiros de apoio aos moradores da região.

Nós entramos em contato com a Prefeitura de Campinas para pedir um posicionamento, mas até o fechamento desta reportagem não recebemos nenhum retorno.

Reportagem: Kevin Kamada | Fotografia: Divulgação / Alesp

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