Um levantamento do Departamento de Economia do Crime da FECAP, a Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado, mostra que mais de 116 mil celulares foram roubados ou furtados em todo o estado de São Paulo no ano passado.

O índice é quase 35% superior ao registrado em 2021. Ao todo, foram pouco mais de 65 mil Boletins de Ocorrência de roubo em 2022.

No ranking das cidades com maiores números de casos, Campinas ocupou a quinta colocação, com 3,63% das ocorrências no período.

Números que reacendem a preocupação com a segurança dos dispositivos que armazenam tantas informações pessoais.

Para o professor de Engenharia Eletrônica da USP, Marcos Simplício, alerta que um dos cuidados mais importantes para a proteção das informações nos celulares é a “autenticação em dois fatores”.

O mecanismo dificulta o acesso e a alteração das informações consideradas sensíveis, independentemente do aplicativo.

No entanto, os golpes que ameaçam a segurança das informações também podem ser aplicados sem que o criminoso sequer encoste no seu aparelho.

Marcos Simplício destaca que o fator humano continua sendo um dos principais facilitadores da invasão a aplicativos de celular.

Em caso de roubo, a vítima pode recorrer a dois mecanismos. O primeiro é o bloqueio e apagamento remoto das informações, disponível para a maioria dos telefones com sistemas IOS e Android.

A segunda etapa recomendada é o bloqueio das funções telefônicas, o que pode ser feito junto à Anatel, mediante a apresentação de um Boletim de Ocorrência Policial e do número do Imei do celular roubado.

Reportagem: Kevin Kamada | Fotografia: Marcelo Casal / Agência Brasil

Leia e ouça também:

• Brasil tem gastos bilionários para cobrir fraudes hospitalares – 10.ago.2023
• Prefeitura apresenta carta em defesa dos povos originários – 09.ago.2023