Centenas de estudantes do colégio Culto à Ciência, no centro de Campinas, acompanharam a uma palestra do presidente do Supremo Tribunal Federal, o ministro Luís Roberto Barroso, na manhã de segunda-feira, 17.
O magistrado visitou a cidade para mais uma edição do evento “Diálogos da Magistratura”, fruto da cooperação entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT-15), sediado em Campinas.
Durante cerca de uma hora, o ministro discursou sobre temas como o dilema da escolha profissional e a defesa da democracia.
Luís Roberto Barroso conversou com a imprensa depois da palestra, e foi questionado sobre os temas que devem pautar a Suprema Corte em 2025.
Levantada pelo colega de plenário, o ministro Gilmar Mendes, a proposta de “semipresidencialismo” foi endossada por Barroso. No entanto, o presidente do STF defendeu que ela só seja implementada a partir de uma reforma eleitoral mais ampla.
O presidente do Supremo também afirmou que o tribunal aguarda, com serenidade, a decisão da Procuradoria Geral da República sobre a eventual apresentação de denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Barroso se esquivou ao ser questionado sobre as declarações recentes do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que chegou a sinalizar por uma anistia ampliada para militantes bolsonaristas envolvidos nos atos golpistas de 8 de Janeiro, em Brasília.
Ainda na visita a Campinas, Luís Roberto Barroso foi homenageado com a Comenda da Ordem do Mérito Judiciário no grau Grande Colar, a distinção mais alta oferecida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região.
A medalha saúda personalidades que se destacam na prestação de serviços que elevam a qualidade da Justiça do Trabalho e promovem o bem estar da sociedade.
O TRT-15 reconheceu a contribuição de Luís Roberto Barroso para a defesa do Estado Democrático de Direito no Brasil.
Fotografia: Kevin Kamada/Rádio Brasil Campinas
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