Ex-presidente da Câmara Municipal de Campinas, o vereador Zé Carlos (PSB) renunciou na segunda-feira, dia 30 de junho, ao mandato como vereador. O parlamentar encaminhou o pedido antes da Sessão Ordinária que votaria a abertura de uma Comissão Processante (CP) contra ele.
A expectativa era de que investigação resultasse na cassação do parlamentar e a perda de seus direitos políticos. Zé Carlos fechou um acordo com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) no qual admitiu o crime de corrupção passiva. Em troca, ele pagará uma multa e fica livre de punição penal.
A carta de renúncia de Zé Carlos foi lida no início da sessão pelo primeiro secretário, o
vereador Guilherme Teixeira, do PL. No texto, Zé Carlos afirmou que saiu com a certeza do dever cumprido e elencou como um de seus feitos as contas aprovadas de sua gestão pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Os integrantes da base governista não
comentaram o assunto na tribuna.
Integrante da bancada de oposição, a vereadora Guida Calixto, do Partido dos Trabalhadores, afirma que o gesto de Zé Carlos foi o símbolo de uma oportunidade perdida pela Câmara Municipal.
Guida Calixto afirmou que existiam provas abundantes para iniciar a investigação contra o
vereador.
Para ela, o parlamento campineiro pode correr o risco de ficar associado a impunidade.
Zé Carlos exercia o seu sexto mandato. Na primeira eleição, em 2004, teve 7.323 votos. No último pleito, no ano passado, ele angariou 4.674 votos, sua pior votação desde o primeiro mandato.
Com a renúncia de Zé Carlos, o posto será ocupado por Ailton da Farmácia (PSB), que foi
vereador entre 2017 e 2020.
Fotografia: Reprodução/Câmara Municipal de Campinas
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