Enquanto a investigação sobre o incêndio na APA Serra dos Cocais segue sob responsabilidade da Polícia Civil, e a região atravessa a expectativa de estiagem prolongada até a segunda quinzena de setembro, autoridades se debruçam nas alternativas para tentar combater o fogo… que não pára.
Na última quarta-feira, 4, a Prefeitura de Valinhos oficializou o decreto de situação de emergência em razão do incêndio na cidade.
O documento instituiu a criação de um Comitê de Crise, que coordena as ações de enfrentamento ao fogo e as medidas de mitigação dos transtornos para a população, como a fumaça.
Os detalhes foram apresentados à imprensa em uma coletiva, na última quinta-feira, 5. A prefeita municipal, Lucimara Godoy (PSD), explica que a situação continua mais crítica em uma zona que tem o relevo bastante acidentado.
A prefeita de Valinhos explica que o decreto vai permitir a aquisição de materiais de suporte destinados ao combate ao fogo.
Os itens poderão ser utilizados tanto pelos times da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e das Brigadas Populares, como por pessoas que recebam o treinamento adequado.
Lucimara Godoy afirma que o Comitê de Crise vai iniciar um treinamento com interessados da população civil e de empresas valinhenses que tenham interesse em se voluntariar no combate aos focos de fogo.
Questionada pela nossa reportagem sobre a fiscalização das propriedades rurais que não adotam medidas de prevenção a incêndios, como os aceiros, Lucimara Godoy afirmou que as fazendas da região são fiscalizadas, e que estão sim sujeitas à punição em caso de desrespeito às normas.
Outra ação determinada pelo Comitê de Crise para os Incêndios na APA Serra dos Cocais foi a formalização de um pedido para que o Exército envie soldados para apoiar o combate às chamas.
Se aceito, o contingente militar vai se unir aos agentes públicos que, agora, dedicam esforços na construção de novos aceiros, na esperança de que a devastação da fauna e da flora da APA enfim seja freada.
Fotografia: Kevin Kamada
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