A vitória dos brasileiros contra um antigo inimigo – a hiperinflação – completa, nesta semana, 30 anos de existência.
O Plano Real, criado no governo do presidente Itamar Franco e lançado em 1º de julho de 1994, tinha como principal desafio substituir uma moeda destruída pela desvalorização e levar tranquilidade a um país confuso em meio a tantas terminologias e conversões adotadas ao longo da década de 1980.
Entre março e julho de 1994, os brasileiros conviveram com a URV (Unidade Real de Valor), um tipo de moeda de transição, que fazia a ponte com o corroído cruzeiro.
Para fazer uma análise sobre o legado dos primeiros 30 anos da moeda brasileira, nós conversamos com dois especialistas.
Para o economista Lucas Borges, membro do Insper, o Plano Real se notabiliza por superar as dúvidas e se consolidar como um dos planos mais bem-sucedidos do mundo.
Para Lucas Borges, embora a hiperinflação não seja mais uma realidade, o país ainda precisa encontrar respostas para a forma como a inflação de um dígito está diretamente atrelada à continuidade de problemas estruturais.
Já o economista e professor da PUC-Campinas, Eli Borochovicius, destaca que o Real ainda deve proporcionar um grande salto de inovação: trata-se do DREX, um projeto de moeda digital que deve garantir segurança e agilidade às transações comerciais.
O Plano Real foi a sexta tentativa de vingar um plano econômico no intervalo de uma década. Antes dele, os brasileiros vivenciaram o Plano Bresser (1987), Plano Verão (1989), Collor 1 (1990) e Collor 2 (1991).
Fotografia: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil
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