A queda na busca pela vacina DTP, responsável pela proteção contra a coqueluche, é a principal acusada pelos surtos registrados da doença em várias partes do Brasil.
De janeiro a junho, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo registrou 139 casos da doença, crescimento de quase 800% na comparação com o primeiro semestre do ano passado.
No cenário nacional, a diminuição vem sendo notada de forma mais intensa há cinco anos. Em 2012, a taxa de proteção do público-alvo, que era de 93,81%, despencou para uma média de 77,25% em 2022.
A coqueluche é uma infecção respiratória transmissível, provocada pela bactéria Bordetella pertussis, e cujas complicações podem ser fatais.
Quem explica é a médica pediatra Patrícia Terrível.
Patrícia ressalta que, embora muitos sintomas possam se confundir com os de outras doenças respiratórias, a tosse mais barulhenta é um sintoma característico da coqueluche.
São as complicações da doença, na forma de uma pneumonia, que podem trazer riscos fatais.
De acordo com o Ministério da Saúde, a principal forma de prevenção da coqueluche se dá pela vacinação.
Para crianças menores de um ano, o esquema prevê três doses, sendo a primeira com a chamada vacina penta, enquanto bebê; e os reforços aplicados aos 15 meses e aos quatro anos de idade com a vacina DTP.
Gestantes e puérperas, além dos profissionais da área da saúde, também podem ser imunizados.
Fotografia: Reprodução / Ministério da Saúde
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