De olho na escalada da epidemia de dengue, superintendentes de hospitais públicos e privados de Campinas se reuniram nesta sexta-feira, 1º, com autoridades da Secretaria de Saúde, no Palácio dos Jequitibás.
Na pauta, as estratégias para que a rede de atendimento da cidade não tenha um colapso, diante da projeção de um descontrole da epidemia, se o atual ritmo de crescimento se mantiver.
Dados do Painel Interativo de Arboviroses, da Prefeitura, apontam que a situação pode ficar mais crítica no prazo de 3 a 4 semanas, com possível pico no mês de maio, que poderia ser mais alto do que a maior epidemia de dengue da história, registrada em 2015.
Na época, Campinas alcançou a marca dos 65 mil casos confirmados.
Andrea Von Zuben, diretora do Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde), afirma que o plano da cidade aposta no cenário que permita a melhor precaução para um colapso.
O presidente da Rede Mário Gatti, Sérgio Bisogni, afirma que os hospitais públicos estão preparados com a estocagem de insumos como soros e testes rápidos.
Bisogni afirma que, de uma forma geral, o aumento da procura dos hospitais Mário Gatti e Ouro Verde é esperado, ao passo em que a população se conscientiza sobre os sintomas da dengue.
O prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), também voltou a pedir a colaboração da população, especialmente para receber os agentes de busca aos criadouros.
O chefe do Executivo destacou que as taxas de recusa à visita da fiscalização continuam em torno dos 50% na metrópole.
Dário Saadi nega que a cidade esteja terceirizando responsabilidades.
Segundo a Prefeitura, ficou acertado que os hospitais e suas estruturas de convênio devem fortalecer o uso de recursos como a telemedicina, para dar apoio no monitoramento aos casos leves de pacientes.
Nesta sexta-feira, 1º de março, Campinas atingiu a marca dos 11.188 casos confirmados de dengue.
Segundo o Painel Interativo de Arboviroses, a taxa de incidência de casos por 100 mil habitantes é liderada pelas áreas de abrangência de três Centros de Saúde: do Jardim Eulina, da Vila 31 de Março e do Jardim Lisa.
Fotografia: Rogério Capela / Prefeitura de Campinas
Leia e ouça também:
Jornalista
Jornalista